domingo, 8 de novembro de 2015

Haters.

O que será que faz uma pessoa ter tanto ódio no coração?
Engraçado como a gente vive brincando com "odeio isso" ou "odeio aquilo", mas vocês já sentiram ódio de verdade?
É assim que acontece quando você se expõe nessa rede global. Você pensa que tudo é pela diversão. E uma hora, o que acontece? Ódio. Alguém chega para você e simplesmente começa a te odiar.
A pessoa em si pode até ter um motivo, mas será que é correto? Será que é justo? Não dá para odiar alguém apenas com suposições e assumindo que o que está escrito nas redes sociais é a pura verdade.
Mas tem gente que odeia. Tem gente que tem amargura no coração e parece que só quer causar dor para ver o sofrimento da outra parte. Uma vingança? Quiçá, porém como há vingança se não há algo para se vingar?
A questão é, entre linhas tortas, palavras ferem as pessoas, por mais escudos que elas tenham, por mais suporte que tenham. É como aquele velho ditado, " água mole, pedra dura, tanto bate até que fura". Pois bem. De tanto ódio, eu sucumbi. Eu desisto.
Então, parabéns. Você conseguiu. Espero que um dia se arrependa do que fez e que tenha consciência do que causou.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Agridoce



A vida foi me tornando agridoce.
Eu sempre fui doce. Mas não aquele doce que é pegajoso, que você consegue em qualquer lugar. Um doce que você consegue só de vez em quando, numa ocasião especial, mas quando você experimenta pela primeira vez, não quer mais largar.
Eu era assim, doce. E eu me sentia feliz em entregar a doçura aos outros.
Porém, tomaram tudo de mim, e não sobrou mais nada. O que era doce, se tornou salgado, azedo. Amargo.
E não tendo mais o açúcar, não tinha mais os aproveitadores. Ao mesmo tempo, a acidez de minhas palavras afastaram quem estava lá por gostar de mim mesma, não apenas do que eu oferecia.
E assim, me encontrei sozinha. Eu e a amargura da vida. E me sentia bem desse jeito. Não que eu não tivesse ninguém em volta, apenas quem estava lá estava por obrigações sociais, na maioria das vezes. E eu vivia bem assim. Vivia escondida na minha barreira, e raramente deixava alguém espiar atrás dela. 
Até o dia em que abri as portas desta muralha. Surpreendentemente, ainda tinha um pouco de açúcar lá, escondido. Contudo, não foi o suficiente, pois quando ele acabou, sobrou a acidez e acabei sozinha novamente. 
Desta vez, sozinha e sem muralhas.
Me vendo nesta situação, resolvi mudar. Resolvi tomar as rédeas da minha própria vida. Agora, eu crio a minha doçura, mas ela se mistura com o salgado das memórias e dificuldades de tudo que já aconteceu. Alguns vêem o doce, alguns só sentem o amargo. Os que realmente me conhecem, hoje, já vêem que sou uma mistura dos dois, e que dá pra viver assim, como uma calda de caramelo salgado.
A vida me tornou agridoce. E eu sei que posso ser feliz assim.


sexta-feira, 27 de março de 2015

Matte

    Cada pessoa vê a vida de uma forma. Cada pessoa vê cores diferentes. Pessoas como eu, dependendo do estado, vêem ou muito brilho, ou tudo fosco. Neste momento, tudo é fosco.
     Ver as cores foscas não significa que não vemos cores. Não é só preto e branco. Significa que neste momento, sim, existe o brilho por aí, mas nossos olhos apagaram ele. É ver que as pequenas coisas que te deixavam feliz não fazem mais tanta diferença. É ver aos poucos tudo se tornando indiferente. Fosco.
       Aos poucos, as cores vão perdendo o sentido para nós (essas pessoas transtornadas como eu). Nada é brilhante, apenas bom. É andar numa neblina constante, perder os prazeres em todas ou quase todas as atividades que nos fariam bem. É se sentir inútil, uma perda de espaço, culpada quase todo dia. É se fechar no seu próprio casulo enquanto a vida segue fora dele. É se olhar no espelho e não reconhecer aquela pessoa tão pequena e tão humana (mesmo que você esperasse ver um monstro diferente).
      Mas um dia, o brilho volta. Depois de tudo, depois de conversas, amigos e procuras, as cores vão voltando ao normal (ou voltam até demais, mas isso já é o outro lado da história). Enquanto isso, continuarei analisando a vida fosca, e colocando brilho no que der.

“I am seeking, I am striving, I am in it with all my heart.” 
― Vincent van Gogh