sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Flashback


Me olhei no espelho. Na verdade, nunca gostei de me arrumar. Mas hoje era diferente. Por questão de respeito, devia ficar um pouco mais... decente. Fechei o zíper da minha saia de cintura alta, penteei o meu longo cabelo negro, passei um batom cor de boca, coloquei um sapato de salto. Ai, como odeio saltos! Repeti para mim mesma que era só por hoje. Me encarei no espelho. Sempre usei roupas pretas, mas dessa vez era diferente. Uma lágrima escapou do canto do meu olho. Sequei-a e desci as escadas. Minha mãe já estava me esperando no carro. O caminho até a igreja foi bem normal, na verdade, bem quieto. Nós duas ainda estávamos muito tristes com o acontecimento. Chegamos na igreja. A cada passo que dava, uma lembrança.

A primeira conversa...

Eu estava sentada, esperando que tocasse o sinal, com os meus fones de ouvido no último volume, escutando bem alto Pink Floyd com uma camiseta do AC/DC. Derrepente fui cutucada. Tiro meus fones, e olho com uma cara de indignação olho pra aquele garoto. “Isso aí... isso aí que você está escutando, é Pink Floyd?”. “É sim, por que?” “Nada não, é que não é comum uma garota como você”, ele dá um meio sorriso e estende sua mão .“Alex, Alex Fischer”. Estendo a minha também “Kate Shielder”. E sorrio de volta, talvez um pouco tímida.

O primeiro beijo...

Estávamos no cinema antigo, vendo Charles Chaplin, meu artista favorito. Dei uma gargalhada estranha, fiquei toda vermelha, e ele riu de mim. Ele pegou a minha mão e começou a falar. “Não precisa ter vergonha. Afinal, eu amo o jeito que você ri. Eu amo quando você fica revoltada quando tem que arrumar o quarto. Eu... eu te amo”. Dei o maior sorriso possível, mordi meus lábios, fechei lentamente meus olhos, pensando se não era uma ilusão. Mas era a realidade, a felicidade completa. Nossos rostos se aproximaram, nossos lábios se tocaram.

A visita ao hospital...

Nós já estávamos namorando fazia meses. E a aquele ponto já sabia de sua doença. Câncer não é uma coisa muito fácil de lidar. E vê-lo naquele estado soube que nosso tempo era curto.

A última vez que ele me disse ‘eu te amo’.

Seu último suspiro.

Os médicos tentando reanimá-lo.

A morte.

O funeral foi algo bem simples e rápido. Todos choravam, e me consolavam toda hora. Mas eu tinha que ser forte. Eu sabia que Alex não queria me ver chorando. E todos foram embora, inclusive minha mãe. As luzes se apagaram, e eu pedi ao pastor um tempo só. E eu o vi, sentado ao meu lado. Parecia um fantasma. Mas era tudo da minha cabeça. Senti suas mãos me tocando. Escutei sua respiração. Senti como se ele tivesse entrado em mim, no meu coração. Abaixei minha cabeça, encarando o chão. Imaginei como seria se ele nunca estivesse com aquela maldita doença. Chorei de saudades. Me despedi dele, não querendo fazer isso. Fui embora, deixando a chuva lavá-lo de mim.





Oiii lindos. então, concurso da capricho, tentativa mal sucedida de fazer um romance assombrado. mas eu realmente gostei desse texto. se pudesse ter mais de 500 palavras iria ter ficado bem melhor. mas mesmo assim, curti. e ai, o que acharam? bjsss

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Goodbye


Não era um tipico dia de verão. Aliás, nada tipico. As nuvens cobriam o céu, tornando-o cinzento. A praia, vazia. O vento, soprando forte e gelado. E ela chega, segurando seu par de tênis, com um olhar meio distante de tudo. Começa a andar na beira da praia, cada passo de cada vez, sentindo os grãos de areia no seu pé. Ela larga os sapatos, e começa a correr. Pra ela, era como se estivesse fugindo de suas mágoas, de seus receios, de seu passado. Era como se estivesse deixando tudo para trás. Nunca tinha corrido tanto, seu fôlego começou a ficar curto, começou a ter dificuldades pra respirar. Mas ela não ia parar. Ela não ia deixar ser pega de novo pela sua tristeza. E correu. Porém chegou um momento que seu corpo não aguentou mais, por mais que sua mente queria continuar, sua parte física não conseguia mais. Então ela parou. E caiu na areia, pouco se importava em ficar suja. Deitou, respirou fundo, e percebeu, que por mais que ela tentava fugir, uma hora tudo iria alcançá-la um momento. Então esperou parada, e passou. Era como se sua mágoa tivesse passado reto por ela. Por fim, lá estava ela, voltando ao início de seu caminho, caminhando lentamente. De repente, com um surto de adrenalina, ela voltou a correr. O medo de que tudo e todos a alcançassem era maior que tudo. Correu durante um longo tempo, deixando todas suas mágoas para trás, junto com os sapatos.





HEY, tudo bom? er, quem nunca já teve vontade de largar tudo e sair correndo? Bom, eu já tive. E já fiz isso, não faz muito tempo. Por isso que eu tive uma luz e resolvi escrever isso. Mas no finalzinho tive um bloqueio mental. Então, obrigada meeeeesmo @veridg pela help *o*
bjsbjs

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Like The Wizard Of Oz


Sempre fui aquele tipo de garota que obedece, e faz tudo para que os outros ao meu redor se sintam bem. Mesmo que para isso eu tenha que guardar pequenos rancores dentro de mim. Quando era pequena, ao ver meus pais brigarem, eu fazia alguma besteira, como quebrar copos, bater panelas e desenhar com giz de cera na parede, qualquer coisa para que eles parassem a discusão. Eu sabia que fazendo aquelas coisas iria acabar levando uma bela bronca, umas palmadas na bunda e um castigo que não duraria mais de uma hora, mas pelo menos eles paravam de brigar. Quando era mais jovem, no augte de meus quatorze anos, tive mais um desafio a enfrentar: a morte de minha mãe. Papai era inconsolável nos primeiros dias, e mesmo com muita tristeza ao saber que nunca mais veria o sorriso de minha mãe, eu não chorava, pois não queria que meu pai sofresse mais. Então eu ficava lá, passando a mão nos cabelos calvos de meu pai, consolando-o, enquanto tudo que queria fazer era deitar na cama e me conformar com tamanha tristeza. Sendo desse jeito, às vezes me considero como o Mágico de Oz. Quer coragem? Pode usar a minha! Quer um coração? Ah, tome o meu! Só lhe aviso que esse coração está todo remendado de feridas de amor.
Eu sei que o Mágico de Oz não daria parte de si mesmo para favorecer o outro, ele queria algo em troca, mas eu sou assim. Eu sou aquele tipo de garota que está sempre tentando o melhor para os outros, e nem que para isso eu tenha que dar tudo de mim. Fazer o que? Eu sou assim.






HIIII!
bem, sabe né? férias, nada pra fazer e quando estou num tédio e meu estoque de livros acabou, hm, vamos escrever! Tá, desculpem, mas eu achei esse texto mt ruim. Só postei ele mesmo porque fazia tempo que não postava '-'
Bom, Feliz 2010 pra todos.
bjsbjs