quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Have you ever been so lost?

É interessante ver a que ponto minha vida chegou. Me diga, onde foi parar aquela criança que nunca parava quieta, que quando fazia alguma besteira se escondia nas pernas do pai, que tinha energia para tudo, que nunca se importava com o que os outros falavam, que sempre pensava no outro antes de pensar em si mesma? Me diga, o que aconteceu com aquelas músicas tão alegres ou tristes que levantavam meu astral? Me diga, para onde foram todas aquelas lágrimas tão banais?
Agora que tenho motivos para chorar, meus olhos estão secos. Não, não sou insana. Apenas estou tão perdida nessa vida que nenhum fá sustenido consegue arrancar um sorriso de minha boca. Estou fora de mim mesma, conheço o caminho e mesmo assim estou perdida. Eu quero gritar bem alto antes de cair no abismo, mas minha voz se foi. Quero fugir de todos esses estúpidos sentimentos que me incomodam. Quero fechar meus olhos e nunca mais precisar abri-los.

terça-feira, 30 de março de 2010

A Movie Story?

Uma noite. Uma festa. Uma dança.
Se algum dia pudesse descrever o que eu senti naquele momento, palavras me faltariam. Era uma noite calma e serena, diferente das anteriores. Sentia o perfume das flores, o sereno em minha pele. Estava sentada no balanço do meu jardim. Era a minha festa de aniversário, mas ela não parecia nem um pouco minha. Com os pés descalços, sentia a terra ainda úmida. Quando levanto meu olhar, vejo o meu amigo. Droga, por que ele me seguiu? Não aguentava mais, eu o amava tanto, mas nunca poderia tê-lo. Ele se sentou ao meu lado, e começou a acariciar meu cabelo, enrolando-o, como sempre fazia. E ele começou a falar coisas como “ não era aquilo que você está pensando”. Não era? Eu tinha acabado de ver a “coisinha” agarrando ele. Na minha festa!
Eu desviei meu olhar, ele virou o meu rosto para o dele, levantou do balanço, e me puxou. De repente, estava dançando com ele, calmamente, com os pés sujos de lama e grama. Ele me falava palavras ternas, me pedindo desculpas, explicando o que aconteceu. Foi aquela velha história de ciúmes da nossa amizade, e queria fazer de tudo para nos separar. Mas ser agarrado e beijado à força? Sei não. Aquela história parecia muito coisa de filme americano. Não conseguia acreditar em suas palavras. Quis parar de dançar, me afastar, mas ele me segurou com força, me abraçou e disse: “quer ver que eu não estou mentindo?” Quando percebi, seu lábios tocaram nos meus. Meu sonho havia se realizado.
Um beijo de amor.

  

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Despedida

Ela era apenas uma criança quando nós nos conheçemos. Eu, seu melhor amigo. Nós brincavamos na rua, jogávamos papel higiênico na casa do vizinho no Halloween, eramos uns pestinhas, resumidamente. O tempo passou, e quando vimos, já estávamos no Ensino Médio, pensando em qual faculdade cursar, vestibular, mas mesmo assim continuamos muito amigos. Éramos como se fossemos irmãos. Na nossa formatura, sabíamos que seria difícil nos encontrarmos dali pra frente, pois ela mudaria de cidade, e eu continuaria em nossa cidade natal. Mas ela não sabia de uma coisa. Eu era inteiramente e extremamente apaixonado por aquela garota que cresceu comigo. Uma vez a gente até se beijou, mas ela achou melhor se fosse só isso, pois não queria perder a amizade. Até que chegou o dia da viagem dela. Eu queria e não queria me despedir dela. E resolvi ficar em casa. Quando estava no sofá, pensando na vida, meu pai me perguntou por que eu não fui me despedir dela. Fiquei em silêncio. Meu pai chegou perto, sentou do meu lado, e disse: " Filho, vá. Eu sei que você ama esta menina, mas você não pode deixar esse amor acabar assim. Vai, pegue a chave do meu carro, ainda dá tempo!". Meu pai estava certo. Peguei a chave e saí correndo em direção ao carro. Entrei e dirigi com muita angústia. Não sabia se daria tempo. Quando cheguei no aeroporto, não conseguia cahar uma vaga! Procurei por um longo tempo, e nada. Acabei estacionando numa vaga de idosos. O tempo perdido era enorme, e não tinha outra vaga. Saí correndo pelo aeroporto, procurando por ela. Derrepente, avistei a mala enorme dela. Só podia ser dela! Quem mais teria uma enorme mala roxa?  Não hesitei nenhum momento. " SUZANA!" . Era ela! Era ela! Ela virou o rosto e deu um leve sorriso, parou no meio do caminho. Cheguei mais perto, e começei a falar. 
- Suzana, você não pode ir embora. Fique aqui, por favor!
- Mas, eu...
- Nada de mas! - interrompi-a e lhe dei um beijo.
Ela retribuiu o beijo. Mas não sentia paixão nele, era como se fosse um adeus.
- Querido...- ela falou- eu não posso. Me desculpe, sério, mas a minha vida tem que continuar! Não posso ficar presa aqui pra sempre!
- Não, por favor não.- começei a dizer- Su, eu te amo.
Ela suspirou, encarou meus sapatos desamarrados, e me deu um abraço.
- Desculpe...
O voo dela foi chamado.
- Eu tenho que ir. Mas eu te ligo quando eu chegar, pode ser? - ela me disse, com lágrimas nos olhos. Me deu um beijo em minha bochecha e partiu, em direção a plataforma de embraque.
Fiquei esperando o avião dela partir, com esperanças de que ela sairia do avião.Ela não saiu. Fui embora com um grande vazio no peito, e uma multa no parabrisa do carro.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Flashback


Me olhei no espelho. Na verdade, nunca gostei de me arrumar. Mas hoje era diferente. Por questão de respeito, devia ficar um pouco mais... decente. Fechei o zíper da minha saia de cintura alta, penteei o meu longo cabelo negro, passei um batom cor de boca, coloquei um sapato de salto. Ai, como odeio saltos! Repeti para mim mesma que era só por hoje. Me encarei no espelho. Sempre usei roupas pretas, mas dessa vez era diferente. Uma lágrima escapou do canto do meu olho. Sequei-a e desci as escadas. Minha mãe já estava me esperando no carro. O caminho até a igreja foi bem normal, na verdade, bem quieto. Nós duas ainda estávamos muito tristes com o acontecimento. Chegamos na igreja. A cada passo que dava, uma lembrança.

A primeira conversa...

Eu estava sentada, esperando que tocasse o sinal, com os meus fones de ouvido no último volume, escutando bem alto Pink Floyd com uma camiseta do AC/DC. Derrepente fui cutucada. Tiro meus fones, e olho com uma cara de indignação olho pra aquele garoto. “Isso aí... isso aí que você está escutando, é Pink Floyd?”. “É sim, por que?” “Nada não, é que não é comum uma garota como você”, ele dá um meio sorriso e estende sua mão .“Alex, Alex Fischer”. Estendo a minha também “Kate Shielder”. E sorrio de volta, talvez um pouco tímida.

O primeiro beijo...

Estávamos no cinema antigo, vendo Charles Chaplin, meu artista favorito. Dei uma gargalhada estranha, fiquei toda vermelha, e ele riu de mim. Ele pegou a minha mão e começou a falar. “Não precisa ter vergonha. Afinal, eu amo o jeito que você ri. Eu amo quando você fica revoltada quando tem que arrumar o quarto. Eu... eu te amo”. Dei o maior sorriso possível, mordi meus lábios, fechei lentamente meus olhos, pensando se não era uma ilusão. Mas era a realidade, a felicidade completa. Nossos rostos se aproximaram, nossos lábios se tocaram.

A visita ao hospital...

Nós já estávamos namorando fazia meses. E a aquele ponto já sabia de sua doença. Câncer não é uma coisa muito fácil de lidar. E vê-lo naquele estado soube que nosso tempo era curto.

A última vez que ele me disse ‘eu te amo’.

Seu último suspiro.

Os médicos tentando reanimá-lo.

A morte.

O funeral foi algo bem simples e rápido. Todos choravam, e me consolavam toda hora. Mas eu tinha que ser forte. Eu sabia que Alex não queria me ver chorando. E todos foram embora, inclusive minha mãe. As luzes se apagaram, e eu pedi ao pastor um tempo só. E eu o vi, sentado ao meu lado. Parecia um fantasma. Mas era tudo da minha cabeça. Senti suas mãos me tocando. Escutei sua respiração. Senti como se ele tivesse entrado em mim, no meu coração. Abaixei minha cabeça, encarando o chão. Imaginei como seria se ele nunca estivesse com aquela maldita doença. Chorei de saudades. Me despedi dele, não querendo fazer isso. Fui embora, deixando a chuva lavá-lo de mim.





Oiii lindos. então, concurso da capricho, tentativa mal sucedida de fazer um romance assombrado. mas eu realmente gostei desse texto. se pudesse ter mais de 500 palavras iria ter ficado bem melhor. mas mesmo assim, curti. e ai, o que acharam? bjsss

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Goodbye


Não era um tipico dia de verão. Aliás, nada tipico. As nuvens cobriam o céu, tornando-o cinzento. A praia, vazia. O vento, soprando forte e gelado. E ela chega, segurando seu par de tênis, com um olhar meio distante de tudo. Começa a andar na beira da praia, cada passo de cada vez, sentindo os grãos de areia no seu pé. Ela larga os sapatos, e começa a correr. Pra ela, era como se estivesse fugindo de suas mágoas, de seus receios, de seu passado. Era como se estivesse deixando tudo para trás. Nunca tinha corrido tanto, seu fôlego começou a ficar curto, começou a ter dificuldades pra respirar. Mas ela não ia parar. Ela não ia deixar ser pega de novo pela sua tristeza. E correu. Porém chegou um momento que seu corpo não aguentou mais, por mais que sua mente queria continuar, sua parte física não conseguia mais. Então ela parou. E caiu na areia, pouco se importava em ficar suja. Deitou, respirou fundo, e percebeu, que por mais que ela tentava fugir, uma hora tudo iria alcançá-la um momento. Então esperou parada, e passou. Era como se sua mágoa tivesse passado reto por ela. Por fim, lá estava ela, voltando ao início de seu caminho, caminhando lentamente. De repente, com um surto de adrenalina, ela voltou a correr. O medo de que tudo e todos a alcançassem era maior que tudo. Correu durante um longo tempo, deixando todas suas mágoas para trás, junto com os sapatos.





HEY, tudo bom? er, quem nunca já teve vontade de largar tudo e sair correndo? Bom, eu já tive. E já fiz isso, não faz muito tempo. Por isso que eu tive uma luz e resolvi escrever isso. Mas no finalzinho tive um bloqueio mental. Então, obrigada meeeeesmo @veridg pela help *o*
bjsbjs

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Like The Wizard Of Oz


Sempre fui aquele tipo de garota que obedece, e faz tudo para que os outros ao meu redor se sintam bem. Mesmo que para isso eu tenha que guardar pequenos rancores dentro de mim. Quando era pequena, ao ver meus pais brigarem, eu fazia alguma besteira, como quebrar copos, bater panelas e desenhar com giz de cera na parede, qualquer coisa para que eles parassem a discusão. Eu sabia que fazendo aquelas coisas iria acabar levando uma bela bronca, umas palmadas na bunda e um castigo que não duraria mais de uma hora, mas pelo menos eles paravam de brigar. Quando era mais jovem, no augte de meus quatorze anos, tive mais um desafio a enfrentar: a morte de minha mãe. Papai era inconsolável nos primeiros dias, e mesmo com muita tristeza ao saber que nunca mais veria o sorriso de minha mãe, eu não chorava, pois não queria que meu pai sofresse mais. Então eu ficava lá, passando a mão nos cabelos calvos de meu pai, consolando-o, enquanto tudo que queria fazer era deitar na cama e me conformar com tamanha tristeza. Sendo desse jeito, às vezes me considero como o Mágico de Oz. Quer coragem? Pode usar a minha! Quer um coração? Ah, tome o meu! Só lhe aviso que esse coração está todo remendado de feridas de amor.
Eu sei que o Mágico de Oz não daria parte de si mesmo para favorecer o outro, ele queria algo em troca, mas eu sou assim. Eu sou aquele tipo de garota que está sempre tentando o melhor para os outros, e nem que para isso eu tenha que dar tudo de mim. Fazer o que? Eu sou assim.






HIIII!
bem, sabe né? férias, nada pra fazer e quando estou num tédio e meu estoque de livros acabou, hm, vamos escrever! Tá, desculpem, mas eu achei esse texto mt ruim. Só postei ele mesmo porque fazia tempo que não postava '-'
Bom, Feliz 2010 pra todos.
bjsbjs