segunda-feira, 29 de abril de 2013

Alone.


 A vida é realmente engraçada. Mas estou cansada dela tirando com a minha cara, me dando tantos tapas. E eu pareço nunca aprender o que ela está me dizendo. Acho que agora estou começando a compreender um pouco mais.
  O que ela está me mostrando é que, no fim das contas, estarei sempre sozinha. Por mais cercada de pessoas que eu esteja, amigos, família, conhecidos, no final estou só. Talvez eu tenha me fechado de maneira tão grande, que ninguém mais consegue entrar. Mas ao mesmo tempo, me sinto aberta demais, exposta demais. Eu entrego tudo de mim, dou toda a minha confiança, para que no final, aconteça o que eu menos gosto. Sou esquecida, deixada para trás com toda a minha dedicação à pessoas que não a valorizam e pouco se importam. Ou talvez até se importem, mas só quando precisam dela. Estou cansada de correr atrás, de implorar por atenção e lembrar as pessoas que eu existo. As vezes, tudo o que precisamos é de alguém que mostre que se importe sem precisar dizer nada, mostrar nenhum sentimento. Ter alguém ao nosso lado nos melhores e piores momentos.
  A cada dia estou me decepcionando cada vez mais. Sempre acreditei nas pessoas, e na bondade em seus corações. No entanto, essas pessoas, que eu jurava que estariam lá por mim, na verdade pouco se importam com a minha vida. Elas simplesmente me esquecem, me ignoram, até o momento que elas precisam da minha ajuda e compreensão. E eu, boba e ingênua, vou correndo ajudar. Deixo todos os meus problemas e minhas dores de lado para cuidar daqueles que amo. E depois que as coisas ficam melhores, me colocam no canto. Eu cansei de ser tratada como um objeto.
  Mas não importa. Por mais magoada que eu esteja, e por mais que eu tente mudar, não consigo deixar de lado a minha natureza. E por isso, tenho que me conformar com os fatos. As pessoas não são como sempre imaginei, e infelizmente, não serei eu quem vai mudar isso. Então, continuarei aqui, esperando que alguém me prove o contrário. Enquanto isso não acontece, estarei caminhando com a minha falsa solidão no meio de uma multidão.

3 comentários:

Lheo. disse...

Esperando alguém provar o contrário?
Challenge accepted.

Você já parou pra pensar no cerne do que é "quando as pessoas precisam de mim"?
QUANDO as pessoas precisam de você?
Quando elas estão mal? Sempre quando elas estão mal? Ou só quando elas estão mal e pedem a sua ajuda?
É como achar que você sempre sabe quando uma pessoa está chorando só de olhar pra ela. Só não esconde bem o choro quem quer que ele seja notado.

De todas as pessoas que são mais importantes pra você, com quantas você tenta manter contato regularmente? Mas por "contato" eu não quero dizer "conversação casual". Contato de verdade, sincero. Aposto que não é todas, mas muito pelo contrário, e isso é normal...

O que eu quero dizer é: Como você quer que as pessoas saibam que precisa de alguma coisa quando você NÃO FALA que precisa? É tipo tentar adivinhar qual o pedido de um cliente num fastfood. Você pode deixar o atendente ficar chutando e perguntando todas as opções que ele conhece até desistir OU pode simplismente fazer seu pedido.

Não to falando pra sair por aí falando "me deem atenção, galere -q", mas se faça presente, faça as pessoas perceberem que você quer manter "contato".
Agora, pode ser que isso não seja correspondido pela pessoa, mas é melhor não ter sucesso do que falhar por nem ter tentado.

Eu não sei se é exatamente o que você quis dizer, mas é exatamente como eu me sinto sendo o cara "que sempre está lá". A diferença é que eu sei que a culpa é minha, porque eu não peço ajuda e não puxo conversa, mesmo -q
Na verdade, eu fico feliz quando alguém precisa de mim, mesmo que seja a terceira vez que uma pessoa volta a falar comigo só por isso (true story). Não por me sentir um objeto. Por sentir que a pessoa confia em mim

Enfim, minha resposta pra isso é: "Talvez eu tenha me fechado de maneira tão grande, que ninguém mais consegue entrar."
Se você acha que está só, provavelmente é porque fez um muro de 2m de altura ao redor de si mesma e trancou o portão (taí o coração de pedra)

Beatriz Dec disse...

Ok, consigo entender o seu ponto de vista. Mas veja o meu.
As pessoas precisam umas as outras sempre. Seja quando elas estão mal ou bem. Principalmente quando estão bem! Qual é a graça de ser feliz se não tem ninguém para compartilhar a sua felicidade? Sim, é difícil entender as pessoas quando elas não querem ser entendidas. Mas na minha opinião, se você gosta mesmo da pessoa, e conhece bem ela, não importa se ela demonstra que está triste, por exemplo, ou não. Bom, pelo menos eu sou assim. A pessoa pode estar com a maior poker face, mas se eu conheço bem ela, eu sei se ela está realmente bem ou não. Não estou exigindo que todos sejam assim. Muito pelo contrário, sei que é difícil. Mas não é tão difícil se por no lugar das outras pessoas. Baby steps, e aos poucos você vai entendendo.
Essa questão de falar, bom, já fiz, e muito. E percebi que também não adianta. Exemplo verídico? Há pouco tempo estava precisando de alguém pra conversar. Só isso. Cheguei e virei pra um "amigo" dizendo: eu não estou muito bem, preciso de alguém pra conversar. E se você pensa que ele falou "beleza, senta aí e bota tudo pra fora", está enganado. Por que ele disse fez uma carinha de dózinha, e disse que depois conversaríamos. Nunca mais tocou no assunto. E essa é uma pessoa que mantenho "contato" todo santo dia.
Não estou dizendo que todos são assim. Você, por exemplo, mostrou o contrário. O que machuca é que, esses amigos, que eu jurava que eram verdadeiros, estão pouco se importando para mim. Mesmo para as coisas boas, quando eu convido pra sair, tento falar de uma coisa legal, eles estão mostrando que realmente não se importam. E eles não convidam mais também. Sempre esquecem que eu existo, fazem as coisas e nunca me chamam, ou resolvem fazer outras coisas mais "interessantes" do que aquelas que propus. Eu sou uma pessoa que precisa que mostrem o afeto. Não vou negar isso. Só que estou cansada de ficar correndo atrás. Eu não quero mais ficar desesperada implorando para que retribuam um pouco do meu afeto pelos outros.
Então, de que me adianta me fazer presente? Estou começando a reavaliar quem são meus verdadeiros amigos, e é triste ver a que ponto chegou.
Temos pontos de vista diferentes. Respeito a sua opinião, e compreendo ela. Estamos em casos parecidos, mas diferentes. Eu estou ficando sem opções já.
Então, por isso o "muro de 2m metros de altura" foi erguido. Porque depois de tanto se machucar e ser "usada", cansei de deixar as pessoas entrar. Talvez o coração de pedra foi a última solução, para que não acabassem destruindo completamente.

Charles disse...

Chupa vida.