Me olhei no espelho. Na verdade, nunca gostei de me arrumar. Mas hoje era diferente. Por questão de respeito, devia ficar um pouco mais... decente. Fechei o zíper da minha saia de cintura alta, penteei o meu longo cabelo negro, passei um batom cor de boca, coloquei um sapato de salto. Ai, como odeio saltos! Repeti para mim mesma que era só por hoje. Me encarei no espelho. Sempre usei roupas pretas, mas dessa vez era diferente. Uma lágrima escapou do canto do meu olho. Sequei-a e desci as escadas. Minha mãe já estava me esperando no carro. O caminho até a igreja foi bem normal, na verdade, bem quieto. Nós duas ainda estávamos muito tristes com o acontecimento. Chegamos na igreja. A cada passo que dava, uma lembrança.
A primeira conversa...
Eu estava sentada, esperando que tocasse o sinal, com os meus fones de ouvido no último volume, escutando bem alto Pink Floyd com uma camiseta do AC/DC. Derrepente fui cutucada. Tiro meus fones, e olho com uma cara de indignação olho pra aquele garoto. “Isso aí... isso aí que você está escutando, é Pink Floyd?”. “É sim, por que?” “Nada não, é que não é comum uma garota como você”, ele dá um meio sorriso e estende sua mão .“Alex, Alex Fischer”. Estendo a minha também “Kate Shielder”. E sorrio de volta, talvez um pouco tímida.
O primeiro beijo...
Estávamos no cinema antigo, vendo Charles Chaplin, meu artista favorito. Dei uma gargalhada estranha, fiquei toda vermelha, e ele riu de mim. Ele pegou a minha mão e começou a falar. “Não precisa ter vergonha. Afinal, eu amo o jeito que você ri. Eu amo quando você fica revoltada quando tem que arrumar o quarto. Eu... eu te amo”. Dei o maior sorriso possível, mordi meus lábios, fechei lentamente meus olhos, pensando se não era uma ilusão. Mas era a realidade, a felicidade completa. Nossos rostos se aproximaram, nossos lábios se tocaram.
A visita ao hospital...
Nós já estávamos namorando fazia meses. E a aquele ponto já sabia de sua doença. Câncer não é uma coisa muito fácil de lidar. E vê-lo naquele estado soube que nosso tempo era curto.
A última vez que ele me disse ‘eu te amo’.
Seu último suspiro.
Os médicos tentando reanimá-lo.
A morte.
O funeral foi algo bem simples e rápido. Todos choravam, e me consolavam toda hora. Mas eu tinha que ser forte. Eu sabia que Alex não queria me ver chorando. E todos foram embora, inclusive minha mãe. As luzes se apagaram, e eu pedi ao pastor um tempo só. E eu o vi, sentado ao meu lado. Parecia um fantasma. Mas era tudo da minha cabeça. Senti suas mãos me tocando. Escutei sua respiração. Senti como se ele tivesse entrado em mim, no meu coração. Abaixei minha cabeça, encarando o chão. Imaginei como seria se ele nunca estivesse com aquela maldita doença. Chorei de saudades. Me despedi dele, não querendo fazer isso. Fui embora, deixando a chuva lavá-lo de mim.
Oiii lindos. então, concurso da capricho, tentativa mal sucedida de fazer um romance assombrado. mas eu realmente gostei desse texto. se pudesse ter mais de 500 palavras iria ter ficado bem melhor. mas mesmo assim, curti. e ai, o que acharam? bjsss
5 comentários:
24 parágrafos
500 palavras
2926 letras
Eiiii!!
Cara, eu AMEI seu blog... Achei super diferente, porque eu to acostumada a ver as pessoas escreverem sempre sobre o que acontece a elas - o que fez com que eu me assustasse ao ler o primeiro texto que você postou, achando que aquilo havia acontecido a você, hahaha -, mas você posta coisas que você escreve, interessante!
Gostei mesmo daqui! Já to seguindo e vou ficar sempre de olho ;D
Beijão,
@lihmf7.
ps.: você escreve muito bem! ;)
ai que linda, nossa amiga, serio mesmo, muito obrigada por tudo viu? *-*
Oi Biaaa! =D
É a Dani, do Yosakoi! ^^
Adorei o texto! Acredita que eu também participei desse concurso! ahahha, só que não ganhei também xDD
^^~
Mas vamos que vamos! Vamos ganhar as próximas etapas! ^^ =DDD~
Dani, minha florzinha, brigadaa xuxu ^^
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